Cruz e eu começamos como amigos por correspondência e nos tornamos melhores amigos quando fomos para o mesmo acampamento de esportes aos 12 anos.
Ele torceu por mim nos meus jogos de futebol.
Eu torci por ele em seus torneios de hóquei.
Por meio de tristezas, novos relacionamentos e amizades fracassadas, sabíamos que sempre poderíamos contar um com o outro.
É por isso que ninguém fica mais surpresa – ou em pânico – do que eu quando começo a desenvolver sentimentos diferentes por ele.
Mas, em vez de dizer a verdade, concordo em ajudá-lo a encontrar uma namorada.
Alguém que não sou eu.
Alguém que é tão oposto de mim que tenho que fazer uma lista para a charada.
O problema é que ele quer praticar suas habilidades de namoro comigo. As falas cafonas, as mãos dadas, a porta se abrindo, o olhar fixo.
Antes disso, eu achava que dividir uma casa com ele era uma excelente ideia.
Quem não gostaria de ficar com seu melhor amigo?
Agora, a proximidade está me matando. O pior é que não consigo parar de olhar para ele como se ele fosse um deus grego, e ele não consegue parar de me ver como sua irmãzinha virginal.
Mesmo assim, coloco de lado, até uma noite, quando ele está deitado ao meu lado na cama e sou eu quem esquece as regras e cruza a linha entre amigos e algo mais.
É uma ideia horrível.
Ele é um jogador.
Eu sou virgem.
No entanto, não consigo me conter.
Novo item na minha lista: NÃO SE APAIXONE PELO SEU MELHOR AMIGO
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