LUCA
O momento que eu mais temia chegou: meu pai encontrou uma noiva para mim.
Em pleno século vinte e um, a comunidade italiana de Paradise ainda acredita que casamentos arranjados são aceitáveis. Por sorte, a garota é tão contra essa ideia quanto eu. O plano era simples, nós fingiríamos concordar com o noivado, diríamos que estávamos nos apaixonando, dessa forma conseguiríamos um descanso da determinação dos nossos pais, mas encontraríamos uma forma de acabar com tudo antes de chegarmos ao altar.
Era perfeito.
E talvez fosse infalível se a tensão sexual entre Antonella Reviello e eu não ameaçasse a eficácia do plano.
ANTONELLA
Resistir a ele era como lutar contra a correnteza de um mar revolto: inútil e desesperador.
Luca Capone sempre foi um mistério para mim. Fomos criados na mesma comunidade e éramos quase amigos quando crianças, mas de um dia para o outro, ele começou a se fechar até simplesmente parar de falar com as pessoas. Parar de falar comigo.
Nós nos tornamos estranhos um para o outro e assim permanecemos até o dia que nossos pais decidiram que um casamento entre nós dois era uma boa ideia. Não era. Bolamos um plano para tentar escapar, mas no meio do caminho, mais do que apenas a tensão sexual brutal que nos rondava, um sentimento diferente surgiu e inesperadamente cresceu.
E talvez nós pudéssemos simplesmente seguir com a ideia inicial dos nossos pais, nos casarmos e sermos felizes, mas quando o vilão de uma história de amor é o pai do protagonista, ser feliz não faz parte da narrativa. Ou será que faz?
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