quinta-feira, 5 de outubro de 2023
ENLOUQUECENDO O MAGNATA
Nem um absorvente interno mal colocado me incomodaria tanto quanto Aslan Gürsoy. Com essa frase, fica registrada aqui a minha raiva desse turco maldito! Um desgraçado egoísta! Quase fui atropelada, tive a mala roubada e aqui estou eu, vivendo de favor com um dos empresários mais bem-sucedidos do mundo, um magnata babaca e egocêntrico que se preocupa mais com os seus móveis do que comigo. Se meu desgosto não fosse o bastante, seu serviço de proteção à testemunha é péssimo! Ele não me serviu sequer um café antes de me empurrar pra fora e me fazer viver as piores horas da minha vida. Para uma garota texana de vinte e sete anos, cujo único objetivo é aproveitar, isso não parece um problema, mas de que maneira vou ficar sob o mesmo teto de alguém que me encara como se eu tivesse três cabeças, exalasse um fedor insuportável e tivesse as piores ideias possíveis? Lutando bravamente contra a vontade de esganá-lo, é claro. O que seria fácil, se na profunda antipatia que sentimos um pelo outro, algo mais não espreitasse entre as rachaduras do meu coração endurecido e tornasse caminhos absurdos, hipóteses aceitáveis. O ministério da comédia romântica adverte: em caso de gargalhada intensa, faça uma pausa pra respirar e conte até três. Mas, se seu coração ficar quentinho por alguma cena, suspire e aproveite o momento, ele costuma ser inesquecível.
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